quinta-feira, 28 de março de 2013

Módulo III Direitos Humanos Vídeo-aula 2

Módulo III - Semana 1 - Vídeo-aula 2
Prof. Solon Viola

     Direitos Humanos na América Latina e no Brasil

     A chegada dos direitos humanos na América Latina é tardia e chega sem, fundalmentalmente, sem usar o nome dos Direitos Humanos.
     A sociedade Latino Americana não é feita para ela mesma, é feita para os colonizadores, e aqui se constitui uma aristocracia que tem privilégios, os escravos eram tratados como instrumentos, sem direito algum, sem direito à condição humana.
      A chegada dos Direitos Humanos no Brasil não se vincula à expressão Direitos Humanos, é uma negação ao privilégio do outro, pois sendo esse privilégio para poucos, a maioria se recusa a aceitar e começa as rebeliões dos escravos, a fuga dos povos indígenas do interior, procurando livrar-se do homem branco.
     A população busca garantir seus direitos através de movimentos como o exemplo de Canudos, Muques ou no Contestado.
     No início do século passado as reinvindicaçõs que eram feitas na cidade, como luta por salários dignos, luta por direito de sindicalização, de organização partidária, lutas por descanso semanal, férias remunerada, jornada de trabalho, não recebiam o nome de Direitos Humanos, eram tratados como arruaça, anarquia.
     A sociedade brasileira clamava por "direitos", mas sem chama-los de Direitos Humanos.
     É interrompido de forma brutal, se rasga a Constituição, e inícia um tempo de negação absoluta, de tudo aquilo que a sociedade brasileira havia conquistado.
     É um tempo de trrror, e um terror vindo do estado brasileiro, que tortura, assassina, que prende sem mandato, que exila, que persegue, que sensura meios de comunicação, que interfere na vida das universidades, que caça os estudantes, é um tempo que a sociedade brasileira não pode apagar da sua memória.
      Pequenos grupos começam se organizar e constituem as comissões de justiça e paz, esses grupos são formados por intelectuais, professores universitários, jovens estudantes e senhoras da aristocracia. Esse grupo começa a contar a sociedade brasileira e contar ao mundo o que acontece nos porões das delegacias de polícia, de algumas unidades das forças armadas.
     A sociedade começa a se refazer e lutar pela liberdade, pelos direitos civis e políticos, e a recuperação dos pressupostos da igualdade, por condição digna de vida, ao mundo sem censura, ao mundo das artes, ao mundo de mídia sem censura, ao direito de manifestar pensamento, de construir organizações, de pensar e manifestar livremente o que se pensa. A luta pela anistia, o direito de retorno daqueles que foram obrigados a sairem do país.
    Outros movimentos se incorporam ao de luta pelos direitos civis e políticos, como os movimentos que denunciam a tortura, crimes contra a humanidade, a luta por uma constituinte soberana e por eleições diretas.
     O Brasil  tem feito construções de direitos civis e direitos econômicos, mas muito lentamente e precisam que a escola se incorpore a esse processo, para que os os estudantes e professores se descubram sujeito de direitos e  a partir daí possam construir uma cidadnia de participação que garanta que nunca mais aconteçam crimes, que a sociedade brasileira, a sociedade latino-americana viveu ao longo dos anos 60 e 70.




Abaixo segue um vídeo de Caetano Veloso cantando a música Alegria, Alegria, artista censurado durante a ditadura militar.




Abaixo segue outra canção que marca a história da ditadura militar no Brasil.


            “Pra não dizer que não falei de flores.”
             Autor: Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

    




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