sexta-feira, 29 de março de 2013

Módulo III Convivência democrática Vídeo-aula 7

Módulo III - Seamana 2 - Vídeo-aula 7
Prof. Mario Nunes

     Identidade e Diferença na Perspectiva dos Estudos Culturais 

     É a cultura que regula normativamente nossas ações; e a cultura vem sofrendo influência dos processos de globalização.
     Algumas concepções de identidade são vivenciadas dentro das escolas, onde os professores identificam, definem e marcam os alunos.
     A primeira concepção é associada à ideia de i.
lusionismo, onde o sujeito já nasce com uma identidade que pouco se desenvolve ao longo da vida, na fala dos professores essa concepção fica bem clara quando enaltece alguns alunos identificando-os como futuros profissionais brilhantes, ou quando se referem ao baixo desempenho de outros alunos taxando-os de sem jeito ou sem remédio para a coisa.
     A segunda concepção de identidade é a sociológica onde o sujeito também apresenta um núcleo interior, mas sofre influências durante as interações que realiza com o mundo externo.
     A terceira concepção de identidade é a do sujeito pós-moderno que se refere as condições da sociedade em que vivemos.
     Essa multiplicidade de identidade não se se organiza em uma unidade estrurada que produz o eu, o sujeito, o self; a identidade do sujeito pós-moderno é contraditória e transitória, assim como é a própria sociedade.
     Além disso entende-se que o sujeito é composto por várias identidades:
  • identidade de gênero,
  •  de classe, 
  • de raça, 
  • de nacionalidade, 
  • de origem étinica, 
  • de religião, entre tantas outras.
      Essas transformam-se de acordo com o modo como o sujeito sofre os efeitos das culturas em que está inserido. compreende-se que a identidade é fruto da linguagem.
     A identidade e a diferença precisam ser marcadas, o processo de afirmação da identidade e marcação da diferença ocorre por meio dos sistemas simbólicos e por meio de formas de exclusão social impostos pelos sistemas classificatórios.
     A identidade é um processo de significação, estabelecido culturalmente.
     O processo de classificar as coisas no mundo é vital na organização social; cada grupo social tem a sua forma de classificar.
     Quem detém o poder de classificar, tem o privilégio de atribuir valores e hieraquizar as coisas classificadas.
     As marcas que diferem uma identidade de outra, aparecem geralmente sob formas de oposições binárias.
     Exemplos dessas oposições:
  • mente e corpo,
  • razão e emoção,
  • o bem e o mal,
  • homem e mulher,
  • branco e negro,
  • civilizado e primitivo,
  • heterossexual e homossexual
      Em todos os casos ocorre a valorização de um em relação ao outro; uma relação de poder que determina quem está dentro e quem está fora, quem é válido e quem não serve, o inválido.
     Podemos dizer que a identidade e a diferença estão envolvidadas na luta pelos recursos simbólicos e materiais da sociedade.
     Portanto podemos dizer que a identidade é discursiva e contraditória, produzida e associada à diferença, e está em constante processo de construção e reformulação, podemos dizer que está cada vez mais impossível pensar em definir os modos de ser das pessoas, dos alunos, dos professores, das famílias, dos métodos de ensino, da escolarização, da disciplina.
    


    
    

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